sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Leite derramado


E foi assim: sentada no banco de um jardim, debaixo de uma árvore frondosa, com a luz do sol do meio-dia em meia parte do meu corpo, suspirei com a última frase, um vento bateu forte para completar o clima, as folhas rolam na grama. Sorri. Terminei de ler Leite Derramado. Obrigada Chico!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Velocidade do tempo


Vou começar pela imagem. Na pesquisa para ilustrar o post, me deparei com muitas fotos de esporte em alta velocidade, aquela que dá o tom "borrado", relógios, velocímetros, mas a lesma fez com que eu parasse, olhasse, e enfim, fizesse a escolha. E é nesse ponto que eu quero chegar. A velocidade da informação, do dia a dia urbano, desse mundo real-virtual misturado está nos permitindo fazer escolhas? Ou é um cardápio super-hiper-mix que não nos dá tempo de fazer uma triagem elaborada, baseada realmente na nossa vontade, valores e de toda a parafernália da nossa personalidade.
Calmaê, não acho que somos seres estáticos, gessados por dados milenares e dali não podemos sair, mas calmaê again! dá prá parar e pensar? dá para escolher cada maçã que quero comer ou é mais prático comprar o saco com as selecionadas? Aliás, selecionadas por quem?
Eu escolhi a lesma não porque acho que a gente deva se arrastar e deixar a gosma no caminho, mas dá para tentar não cegar com esse ritmo. Eu me policio muito para não ser levada pela correnteza do seja assim, porque assim é o modelo do sucesso, e aproveito meu espaço para dizer que: ODEIO CASE DE SUCESSO, como se a vida de X fosse receita de bolo e todo o resto da humanidade é incompetente para não ter o mesmo status.
E caros, meu dilema toma proporções monstruosas trabalhando com Jornalismo. Tudo é muito zum, záz, foi! São tablets, android e plataformas. Invenções de como dar start mais rápido para você da Moldávia estar conectado com o resto do mundo. Então, mesmo sabendo que tenho 3487 pautas a cumprir, permiti dar o tempo a minha inspiração para escrever sobre as coisas que percebo, mas tenho que terminar por aqui, pois o o olhar da editora já me disse tudo, "corre que hoje é dia de fechamento".

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

Frio na barriga

Tive uma madrugada nauseante, pensando em como será minha nova rotina full time. Somente pelo detalhe que minha filha ficará na escola em tempo integral e pela primeira vez na vida, sinto culpa materna (maldita educação judaico-cristã ou então, da sociedade moderna capitalista e tals.
Mas, com frio na barriga que move minha caminhada. Gosto de saber que posso ter emoções na minha profissão, que posso enfrentar desafios, o novo.
Depois que oficialmente sentar minha bunda na nova cadeira, na nova sala e com novos colegas, eu conto!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Para seu Governo

Foto de outubro de 2010, dentro da minha antiga sala.

Seis anos e cinco meses. Foi o tempo que trabalhei como assessora de imprensa na Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania. Lugar onde fiquei por mais tempo num emprego. E sem verve política partidária, adorei ter trabalho no Poder Executivo. Adorei ter trabalhado no governo Roberto Requião, e aqui, não estou discutindo a personalidade da pessoa, a verborragia, mas as ações de administrador público. Errou. Sim. Como eu, você e o planeta. Não fui cega, nem fanática o suficiente para não admitir as falhas, mas não estou a fim de discorrer neste post, a análise de especialistas (ou pretensos) em gestão pública.
Eu entrei no Governo mandando currículo, sem padrinhos e indicações. Houve uma empatia entre a chefe do jurídico e eu, ela levou meu nome ao secretário. Ele foi convencido e em 15 dias, estava trabalhando numa salinha de um prédio antigo. Fiquei assustada com o padrão funcionalismo público, com pastas de arquivo, pelo protocolo e pela mística de que “eu era a quinta assessora de imprensa que já havia passado em um ano”.
Vivi a fase de ouro da SEJU, como é chamada a Secretaria. Os ataques de nervos nativos do chefe dos jornalistas do Governo e tive a maravilhosa oportunidade de conhecer o interior do Paraná, com viagens de trabalho exaustivas, mas feitas com tesão. De acompanhar programas destinados à população pobre e quebrar o preconceito de escrever pobre, não carente, como designam os falsos políticos pops. Decorei discursos, que os colegas amavam ouvir. “Depois de citar a carta de Puebla, podemos ir para outro município”, era a deixa do governador para eu dar sinal à equipe que já poderíamos partir. Nunca gravei nada. Nunca tive que fazer uma retratação. Tive muita dor de barriga para cobrir assuntos de outras pastas, mas isso fez de mim mais confiante, ter uma visão de governo macro, não limitada ao universo da Seju.
Fui bem feliz, apesar de muitos colegas encherem meu saco. Do Governo ter travado uma queda de braço com a imprensa local, o que dificultou o trabalho da assessoria de imprensa. Senti dramas pesados de mudanças de chefias e mesmo não ser funcionária de carreira do Estado, continuar firme e forte.
Eu saio pelas escadarias do Palácio das Araucárias com alegria no meu coração, de ter me dedicado ao trabalho proposto, de aprender um novo olhar sobre o Poder Público, mas com muitas saudades de estar no Centro Cívico, lugar que amo em Curitiba.
Até mais!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Risco calculado


Mesmo quando a gente sabe que vai acontecer.
Mesmo quando a gente se prepara para se equilibrar.
Mesmo com o risco calculado,
é duro enfrentar o precipício do incerto.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Resumo da semana na praia


Fui para o fim de ano na praia contrariada. Não estava a fim de muvuca familiar, comilança, areia e afins. Mas, como uma lady, fui resignada e com a promessa de que o reveillòn de 2011-2012 será do meu jeito. Combinado? Por enquanto, o plano é correr na São Silvestre, filha e marido juntos e torcendo.
Na chegada, direto para um restaurante, mas sempre tem um do contra querendo fazer churrasco as 3 da tarde, com duas crianças agonizando de fome. Esperou todo mundo comer e comprou miojo no mercado.
Função ida à praia, apetrechos, protetor solar, brinquedos, atravessar a avenida e ver aquela gentarada feia, branquela e tentar achar um ponto adequado para banho. Ler um livro, tomar sol como lagarto? Nem pensar com criançada, só se um adulto responsável e disponível acompanhar, então, o tal momento relax rolou somente algumas vezes e por alguns minutos.
Internet? Luxo. A única lan house da rua fechou e o parangolé na TIM com velocidade de tartaruga atropelada era a opção mais próxima. O dia que tive que mandar um e-mail, precisei do carro do cunhado, enfrentar calor de 35 graus e arranjar uma vaga no centro de Matinhos (PR).
E a pele? O sol me deixou mais bronzeada, exterminou pontos graves da psoríase, porém, toda a família foi contaminada pela alergia do pó das asas das mariposas. O troço coça, empipoca e irrita. A solução mais eficaz é vir para sua terra de origem, pois nem todos os cremes e comprimidos exterminam as pelotas.
Pontos positivos - Sim, eles existem. O grupo de franceses, que se comunicou como pode entre gestos, francês, inglês e espanhol. Gente resistente a caipirinha. Palmas!
O sol durante todos os dias que EU fiquei lá.
O comportamento da minha filha e da minha sobrinha Manu. Fofas!
E minha disciplina em correr diariamente (falhei um dia só)
Melhor parte: a volta, apesar das 3 horas e meia em 100km, mas lendo, finalmente Leite Derramado.


** Alice e eu num dos momentos "legais" da praia