segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Apenas uma nuvem


Espero que seja apenas uma nuvem.
Que não anuncie uma tempestade, porque o caos já existe e está em ebulição.
Os ventos trazem um clima esquisito, com atitudes esquisitas e me pergunto se não sou eu a estranha no ninho. As pessoas se mostram impacientes, desestruturadas, mal-educadas, agressivas, mas como se isso fosse pouco, comum ou que simplesmente a gente ignore o piti.
O stress é algo comum, corriqueiro e injetado na corrente sanguínea. Quem não tem não vive, assim pensam. Mas eu não preciso ser mais um elo do ciclo dos surtados. Eu posso respirar, eu posso ser gentil. E isso caros, parece ser mais revolucionário!
E, aliás, minha nuvem é paz e amor!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Lançamento Troféu Joinha


Susan Boyle na sua versão do troféu joinha


É chato ficar explicando uma tirada, mas pensei que nesse mundo, a gente sempre vê, ouve e lê cada coisa, hoje distorcidamente e tão somente classificada como bizarra e é muito mais do que isso. É sentimento de ficar pasmo, indignado e ironicamente, achar engraçado. Tudo isso deve resumir o sentido do Troféu Joinha!

E o TJ (troféu joinha) de hoje vai para ----------> Pesquisas científicas sobre depois dos 40 anos. A partir dos 40 anos, queimam-se menos 120 calorias por dia, tornando o controle de peso mais difícil. Nessa idade, as mulheres aumentam em 35% a gordura no corpo. AQUI


COMENTÁRIO: ou seja, mesmo fazendo meus habituais exercícios físicos, mesmo reduzindo drasticamente os doces na dieta, mesmo tentando manter minha regularidade sexual e evitar aqueles drinks, minha bunda vai crescer, crescer, crescer!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Trote universitário


Imagens revelam trote universitário na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). A instituição vai investigar a prática de trote com fezes de animais e urina em cursos do Campus Ciências Agrárias em Petrolina, interior de Pernambuco, do G1, AQUI
É isso mesmo que você acabou de ler, trote de calouros com xixi e merda de animais. Século XXI! Pré-geração Y, descolada, digitalizada, preocupada com o prazer ou os velhos bárbaros sem a clava?
Eu juro que não ia falar sobre o assunto, mas no dia seguinte outra notícia, Três calouros vão parar no hospital depois de trote em Ponta Grossa, AQUI, lugar onde me formei e também "escapei" do trote.
REACIONÁRIA. Foi com todos os pingos nos is, que meu recém-colega de turma de Jornalismo, até uma década atrás, um ex-jornalista, ex-professor de Educação Física, oxalá tenha se firmado em algo, me taxou publicamente. Eu era careta, estraga-prazeres, pelo simples fato de ter me recusado a participar da parte violenta da coisa. Lembro que tive que sair correndo pelas ruas e alguém me agarrou pela correntinha, que arrebentou e deixou um rastro na minha garganta. Era uma joinha de valor sentimental, depois me puxaram pela camiseta, que rasgou. Porra! me enfezei e disse "eu não quero assim!", ai um bandinho ficou meio sem ação porque comecei a gritar no meio da rua e ninguém, na verdade, acha bonito esculachar alguém contra a vontade.
Eu bebi até cair na minha vida universitária, desbravei os caminhos sexuais, paguei micos, mas coisa que eu quis, eu fiz, ninguém me obrigou, oprimiu ou fez disso seu troféu. Eu sempre achei esses trotes jogar ovo, entornar cachaça, humilhação, coisa de gente doente, nazi mesmo. Gente possuída por uma incontrolável sensação de poder, domínio, satisfação mórbida e irracionalidade.
Tentar substituir esse trote senta que eu troço, pelos modelos fraternais, culturais e educativos, pode até ser uma tentativa, mas ainda parece soar falso. Nada contra tirar um sarrinho (expressão do tempo de mamãe), como o que fizeram depois na minha turma. Chegou a professora de Sociologia I (na verdade uma colaboradora da universidade) que parecia um sargento, a mulher era tão atriz, tão atriz, que metade da sala queria trancar a matéria e tentar pegar outro professor no próximo período. Aquilo foi o máximo, todos com cara de pastel de vitrine de bar de china, quando ela revelou a "pegadinha".
Fico triste, revoltada e sem esperanças quando percebo essa selvageria. Com essa sede de mutilar a pretensa inteligência humana. Jogar excrementos numa outra pessoa? fazer aluna engolir porra, tascar misturas alcoólicas venenosas, para ser aceito na nova comunidade acadêmica? Não tolero, não aceito e um dia, talvez, eu veja essas pessoas bem castigadas. Nessa ou em outra esfera.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Carreira

[12h08min07s] Ronise Vilela: o q vc realmente gostaria de fazer
[12h08min14s] Ronise Vilela: para q vc acha q tem habilidade?
[12h08min41s] Ronise Vilela: é assim, poderia (sobre uma proposta dita irrecusável que recebi), sem só ver o lado ganhar dinheiro, abdicar de ver sua filha todos os dias
[12h08min50s] Ronise Vilela: ficar com a mulher, andar de skate
[12h09min00s] Ronise Vilela: isso vale a pena e muito, qdo vc se realiza
[12h09min13s] Ronise Vilela: carreira para mim é realização pessoal
[12h09min24s] Ronise Vilela: pq ai teus esforços vão fazer a diferença
[12h09min39s] Ronise Vilela: e naturalmente, vc tem + trabalho e + dinheiro
[12h09min55s] Ronise Vilela: a equação é mais simples, mas todo mundo prefere acreditar nas dicas de Você SA

Diálogo extraído da Skype com o marido sobre carreira profissional

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Está marcado nas cartas de tarô



Migs, passando pelo blog Será o Benedito? rolou uma brincadeirinha muito legal, sobre quem é você, segundo a carta do tarô. Meu resultado foi 99%. O link é esse aqui (clica né?)
E, logo abaixo, o que mostrou para mim.

Seu Arcano Pessoal é:

6 - OS ENAMORADOS

Palavras-Chave:

Escolha e Livre-Arbítrio


Acontecimento marcante a nível psicológico aos 6 anos de idade;
Amor pelo amor;
Busca da realização afetiva e dependência emocional;
Faz da relação o seu TUDO;
Carente afetivamente;
Indecisão e dúvidas acerca da própria capacidade;
Sociabilidade e simpatia;
Generosidade;
Delicadeza e carinho;
Instabilidade de humor ou temperamento;
Aprecia as artes: poesia, artesanato, moda, música...
Senso estético;
Instinto protetor;
Quer estar bem com todos;
Aprecia festas ou encontros em grupo;
Precisa vencer as inibições frente a seu potencial;
Busca o belo e harmônico à sua volta;
Coloca o coração em tudo o que faz;
Pode titubear diante de algum desafio;
Cuidado com as chantagens emocionais;
Trabalhe a subserviência: saiba dizer NÃO quando for necessário;
Quer apaziguar brigas ou conflitos;
Deseja aprovação pessoal;
Cuide do coração, cabelos, unhas, gânglios em geral;
Romantismo;
Idealismo e imaginação fértil;
Sofre por antecipação;
Positivo nas relações sociais ou trabalho em equipe;
Cuidado com o conformismo;
Expectativa quanto ao próximo: decepciona-se por esperar demais do outro;
Sensibilidade aguçada;
Sonha com um mundo melhor;
Deseja ser compreendida à altura;
Cria amizades com facilidade;
Desafios a nível do coração;
Escolher é difícil;
Cuidado com o dualismo;

Se você gostou continue a brincadeira e dê a referência do blog.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pensando bem...


Vou deixar o pensamento livre
Viver um dia de cada vez
Fomentar meus novos sonhos
E me permitir não saber

Mesmo que eu tenha uma crise ser ou não ser em 24 horas

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Receita de bolo do sucesso


Ingredientes:
- 1 pessoa abduzida (geralmente depois dos 25 anos) ;
- 8 horas diárias de TV aberta (fica mais consistente caso assista novelas das 6, 7 e das 9 então,o máximo!);
- Doses de conversas sobre celebridades ao menos 3 vezes por semana, não com finalidade de entretenimento, mas como se isso fosse a sua própria vida ;
- Muitas pitadas de crença em foco, motivação, energia interior e condimentos semelhantes
- Imprescindível participar de palestras sobre cases de sucesso e acreditar, acima de tudo,que você também pode. Vamos lá !

Preparo :
Já devidamente abduzido pelo passar dos anos, ouvindo histórias de que todo mundo vence, menos você, que é preguiçoso, passe a ter a TV como seu melhor amigo, mesmo que ele não diga nada, além do mais, aquela gente linda que aparece na telinha está ali para te ensinar a ser feliz, mesmo que seja no último capítulo. E sobre as notícias ruins, basta trocar de canal, por isso existe o controle remoto, sua pomba-lesa !
Aqueça seu coração com muita fofoca sobre o silicone da X, a separação do casal 20 e assim por diante, e lamente, pois isso proporciona uma textura perfeita. Em seguida, comece a ter um objetivo daqueles bem grandiosos : ficar rico, ter o carro do ano, fazer uma plástica dos sonhos e viajar para o exterior. Cogite também fazer terapia, é chique e todo mundo já fez um dia.

Toque final
Alavanque as vendas dos livros de autoajuda, de revistas estilo Você S.A. e começe a participar das palestras dos WalWalWal, que contam cases de sucesso "ele era vendedor de sombrinhas e hoje é um podereso executivo em Curitiba"(ótimo lugar para se ter esse tipo de empreendimento).

Amigos, seguindo todos esses passos, com a disciplina de um monge, você alcancará o sucesso, quentinho, quentinho !

Serve para todas as pessoas

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Texto da Tribuna do Paraná

Reproduzo AQUI matéria do jornal Tribuna do Paraná, onde trabalhei de 1995 a 1999, como repórter policial. A mestra Mara Cornelsen está fazendo uma série especial do caso das Abagge, uma história que sempre ficará marcada na imprensa local, judiciário e na lembrança de todos aqueles que estiveram envolvidos direta ou indiretamente. Dei minha contribuição na edição de hoje, como repórter que fui no júri de 98, para o dito cujo jornal.
Grande júri

Mara Cornelsen

Era 1998. Com uma banca de criminalistas bem constituída, formada pelos “medalhões” paranaenses como Osmann de Oliveira, Ronaldo Botelho, dentre outros, o Fórum de São José dos Pinhais passou a ser alvo da imprensa de todo o Brasil e de mais de 30 outros países que noticiavam o julgamento “das bruxas”. A imprensa local, já bem mais cuidadosa, havia mudado o tratamento para com as duas mulheres, sabedora que estava das muitas irregularidades contidas em todo o processo.

Tudo era uma incógnita e as dúvidas se acumulavam a cada dia de trabalho. Nos intermináveis dias de sessão, presididas pela novata juíza Marcelise Weber Lorite, que com paciência de Jó tentava manter a calma entre num plenário lotado e tenso, com policiais cercando o prédio e revistando cada um que entrava (usando até detectores de metais).

O promotor Celso Ribas, um dos principais expoentes do Ministério Público do Paraná (morreu anos depois de um ataque cardíaco fulminante), tomou a causa como sendo sua e não mediu esforços para incriminar as rés. De outro lado, entre os figurões defensores, um rapaz se destacava: Antônio Augusto Figueiredo Bastos. Alto, de fartos cabelos negros e óculos de aro fino, digladiava com Ribas quase chegando às vias de fato. Deixavam explícito em plenário que a briga estava virando pessoal. A vítima, as rés, os jurados, tudo o mais pareciam coadjuvantes daqueles embates apaixonados entre o que parecia ser o bem e o mau.

Bastos hoje

Atualmente, Figueiredo Bastos atende em um amplo escritório na Rua Roberto Barroso, em Curitiba. Já com cabelos grisalhos, mas sem perder o ar da juventude, ele recorda ainda com paixão daqueles dias, salientando que não só Beatriz e Celina são inocentes, como todos os demais. Classifica o processo como um grande erro jurídico e sem precisar fazer outra consulta que não seja a da mente, assegura que “o caderno processual não reflete o que houve”. “As confissões não batem entre si nem com o laudo de necropsia. Chega a ser ridículo”, enfatiza. Diz que tudo foi baseado nas especulações de Diógenes Ramos Caetano e no testemunho de um tal Edésio da Silva, usuário de drogas, cujo irmão, Edilio, era vereador e líder de Aldo Abagge na Câmara Municipal (único que disse ter visto Evandro no carro de Beatriz, com ela e Celina, no dia de seu sumiço) e nas confissões obtidas sob tortura. “É um caso construído na mídia”, garante.

Quanto ao fato de o julgamento das duas mulheres ter sido anulado em instâncias superiores, Bastos revela que já sabia que isso iria acontecer, tudo por conta do primeiro quesito formulado aos jurados, que induzia a erro. O quesito perguntado, após 34 dias de júri, era se o menino Evandro Ramos Caetano foi morto na serraria dos Abagge (resumidamente). Os jurados disseram que não. Foi o que bastou para inocentá-las, pois a juíza entendeu que eles não aceitavam aquele corpo como sendo o do Evandro. Porém a decisão foi quanto ao lugar do crime não sobre a identificação da vítima.

Sob o argumento que os jurados se manifestaram contra a prova dos autos, o júri foi anulado e no ano passado decidiu-se que elas retornariam a julgamento. Celina, pela idade, não mais vai sentar no banco dos réus. Mas Beatriz ainda tem um pêndulo sob a cabeça. Seu novo júri poderá ser marcado para abril deste ano, caso nenhum fato novo aconteça.

“Eu protestei muito sob o quesito, mas fui voto vencido inclusive na banca de defesa. Depois de lida a sentença ‘absolvidas’ as pessoas só queriam comemorar. O Ministério Público não perdeu tempo e conseguiu o que queria, a anulação”, lamenta Bastos.

A Tribuna


A cobertura da Tribuna para o júri ficou a cargo da jornalista Ronise Vilela e é assim ela descreve o trabalho:

“Ao ser anunciado que as Abagge iriam a júri, em 1998, tratei de me escalar para fazer a cobertura jornalística, imediatamente concedida pelo diretor da Tribuna do Paraná, Carlos Roberto Tavares, o saudoso “Charles”. Com a vantagem de não ser contaminada por informações anteriores do caso, apenas pesquisei sobre o assunto em reportagens, leitura de uma sinopse do processo e fui especialmente “limpa”, sem pré- teorias, conceitos ou sentença.

Com exceção da aventura diária para ter lides (abertura de matéria) criativos em 34 dias, além dos cuidados para não levar “furo”, o júri tinha algo circense. Muitos dos envolvidos no julgamento pareciam ter adquirido uma personagem para ser alvo das câmeras e microfones. Faltou certa austeridade na condução do júri, talvez pela imaturidade da magistrada. A equipe de defesa fez novos nomes e a vaidade dos novatos ajudou a desvirtuar muitas vezes o real assunto, o júri das Abagge, isso porque, testemunhos se arrastaram por dias e tornavam as pautas enfadonhas. Percebo hoje, que pode ter sido estratégia.

Teorias à parte, recordo que os jornalistas mais velhos tinham a inocência de Celina e Beatriz como certa, em razão das dezenas de supostas falhas existentes no processo, o que poderia ter conduzido a uma falsa acusação das rés. Entretanto, a “nova” geração de repórteres, a desconfiança permeava, sem pré-julgamentos, mas, particularmente, ratifico, o júri de 98 não foi, de forma alguma, esclarecedor nesse sentido, porém, deixa dúvidas sobre o envolvimento das mulheres no caso.

No dia em que foi proferida a sentença, corri na contramão. Foi num sábado, depois das 22 horas, o que já não pudera entrar na edição de domingo. Enquanto todos os holofotes se dirigiram as Abagge, até todos na sala ouvirem “absolvidas”, os pais de Evandro Ramos Caetano saíram discretamente e eu os segui com o fotógrafo Atila Alberti. Foi minha aposta. Eles correram e só sinalizaram que não queriam falar.

A dupla da Tribuna era incansável e estávamos sedentos em fazer a diferença. Quando retornamos ao tribunal, Celina e Beatriz já haviam sido retiradas e saíram em esquema cinematográfico de São José dos Pinhais. Encarnamos nosso papel e seguimos o carro de um parente das Abagge, que quilômetros adiante percebeu a perseguição e tentou nos desvirtuar. Não cedemos. Conseguimos chegar até a casa das mulheres. Não queriam nos receber. Festa na casa. Lembro ter falado com Ronaldo Botelho, o chefe dos advogados delas, e ele permitiu entrarmos por cinco minutos, atrasados, outros repórteres também estiveram no local, mas só outra colega conseguiu a permissão. A capa da Tribuna da segunda-feira, dia da manchete de elite, ABSOLVIDAS, a foto, Celina e Beatriz abraçadas por Botelho. Missão cumprida! Valeu Charles!”