sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011 foi (retrospectiva antítese)

2011 foi melhor que 2010, isso é fato! Porém, esse ano marcou uma questão muito importante: o valor da amizade. E digo, nem o FGV faria projeção mais desastrosa. Para mim, pessoas queridas, muito queridas e além de ser querida, me decepcionaram. Talvez eu as tenha decepcionado mais ainda.
Não quero me fazer de vítima, pois sou péssima nesse papel, que na realidade não foi feito para mim. Mas, sem modéstia alguma, eu sei ser amiga, entretanto, crédula demais como alertou uma amiga e extremamente exigente com o outro. Dou mil e quero outros mil, no mínimo. Vai ver, essa é a lição!
Jornalismo em internet e adorei, aprendo a cada dia;
Abandono das atividades físicas por pura preguiça e manutenção de peso indesejável.
Os cabelos ficaram mais rebeldes que o normal.
Minha alimentação precária.
Meus projetos se solidificaram, mas ainda com muitos entraves.
Minha tolerância alcoólica cada vez menor.
Intimidade. Passo!
Beijos e feliz 2012! Com muitas surpresas!!!!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Várias formas de chorar

Sobre choro eu entendo. Sempre fui uma chorona de marca maior. Reza a lenda que na minha infância eu chorava por tudo, numa fração de segundos. E nunca precisei de super motivos para chorar. Porém, fiz uma pausa de uns quatro anos sem praticamente chorar, período em que abortei a sensibilidade excessiva.
Mas, como especialista na "arte" do choro, cataloguei as formas de como as lágrimas brotam.
CHORO HAHAHA - Sou tão chorona, mas tão chorona, que até quando me afino de rir, eu choro. Sim, sou dessas pessoas que choro de rir, isso em 99% dos casos.
CHORO GRRRRRRRRRRR - Esse choro nem saem lágrimas, mas há um ranger de dentes quase que incontrolável. Acontece com saldo bancário, desafetos familiares e ironias conjugais.
CHORO SILENCIOSO - Sou expert. É só ter uma decepção, uma tristezinha e as lágrimas escorrem instantaneamente, num legítimo piscar de olhos. Mas secam rapidinho e se parte para outra, linda, leve, solta e no salto.
CHORO MANTEIGA DERRETIDA - Prática comum em apresentações de filhos, filmes com bichinhos e reportagens do Fantástico (Help!)
E por fim, a música mais perfeita para chorar DRIVE do The Cars AQUI

sábado, 24 de dezembro de 2011

Drops Feliz Natal em 40 anos


Tia Papai Noel
O primeiro Natal que tenho lembrança, acho que tinha uns 5 ou 6 anos. Foi em Soledade (RS). Pinheiro natural, algodão e bolas bem coloridas na árvore de uns 2 metros. Ansiedade bombando, porque Papai Noel vinha nos entregar os presentes. E sem qualquer suspeita, a saudosa tia Pina era o Papai Noel. Chegou com uma saco cheio e uma vara de marmelo para o pavor daqueles que tinham reprovado de ano. Essa é a lembrança.

Nascimento do irmão
Talvez seja o Natal que eu tenha melhores lembranças. Meu irmão nasceu às 8 horas da noite do dia 24. Eu tinha 8 anos. Minha mãe tinha ido à maternidade pelas 6 da tarde. De repente, chega a notícia "nasceu, um menino!" - isso depois de duas meninas. Meu pai ficou bobo e eu fotografei a cena.
Nota: minha madrinha tirou o termômetro do peru da Sadia, que havia lançado o produto nesse ano. "Ah, avisa a comadre que eu tirei um botãozinho que tinha do peru"

Hoje
Para mim, o Natal faz sentido com a mágica sentida pela filha. Acho que as crianças repaginam as nossas próprias vivências do Natal:a expectativa, a magia, os presentes, a reunião familiar.
Sejam filhos,sobrinhos, netos ou vizinhos, o Natal tem sentido real quando há crianças no recinto. Só elas conseguem nos fazer entrar na mágica!

FELIZ NATAL!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Eu era daquelas...

Eu era daquelas que...
... colecionava textos do Paulo Francis na Ilustrada e colava da parede
... imitava o Paulo Francis e minha colega o Jânio Quadros, quando estávamos bêbadas
... só bebia vodca e uísque
... lia tudo sobre Bukowski
... não acreditava no amor e amava muito
... misturava Wicca com umbanda e catolicismo
... usava Comander com todas as roupas
... se orgulhava de ter os peitos mais lindos da cidade
... entrava no guarda-roupa em crise depressiva
... fazia um pão indiano gostoso
... ia em bar de rock pesado toda semana
... usava cabelo chanel crespo
... só frequentava praia de SC
... escrevia loucamente em máquina de escrever durante a madrugada
... não comia carne vermelha
... tinha sonhos premonitórios
... não pensava em ter filhos
... desprovia de vaidade alguma
... sempre quis ser jornalista

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Administração feminina

O tema é antigo. Antigo desde que as mulheres se libertaram dos sutiãs, mas em compensação abraçaram o mundo. O mundo delas, dos homens, do mangue e do cais do porto, do eterno amor pelo Chico e nesse caos administrativo da vida da mulher, a "rainha" da família eu me pergunto: como é que nossas mães davam conta?
E não me venham falar que antigamente o trânsito não era caótico, porque, mesmo se levar esse item em consideração, elas tinham mais que um filho. Mais que dois, a média eram 3.
Eu tenho uma e precisa de uma baita logística para que tudo funcione. Isso porque onde moro, trabalho e a escola da menina ficam num raio de 5 quilômetros. Tudo perto. E o mercado, a casa, as contas? E meus exercícios físicos (abandonados desde agosto) e ficar bonita (missão árdua) e ser a gostosa do marido, e ler, e estar atenta as redes sociais, e sair com os amigos e aguentar os blá- blá, blás das agruras familiares?
E pegar dicas de makeup sem parecer fútil, tirar o talinho do meio do alho para não "amargar" e ligar para uma tiazona que vai dar o macete para tirar a mancha da roupa nova. E depois, fazer as contas para ver se pode chamar a diarista ou vai ter que dar uma de "maria" na folga do plantão. E o plantão? Milimetricamente esquematizado, com o passeio com as amiguinhas da filha, a ida à farmácia e deixar a bolsinha da criança pronta.
Todos os dias tem a recompensa da louça lavada pelo marido, a paciência da filha nos 1679 mil eu te amo, mas, até quando? Com esse ritmo de CEO do lar, do trânsito, do salão, do trabalho, sobrou pouco tempo para algo chamado in-di-vi-du-a-li-da-de.
Esse fenômeno não é algo que percebo sobre minha vida, mas, dos recorrentes comentários das mulheres do século XXI. Qual o caminho? os comandos em altos cargos? os blogs feministas e maternos xiitas? a dondoquização?
Acho que a tal da mulher moderna queria um pouco de tudo isso sim, mas não se deu conta de que para administrar todas essas atribuições, precisa de gerência, supervisão e produção. E isso, uma só faz tudo. Por essas e outras algumas mulheres, assim como eu, desaprendeu a descansar sem culpa e a isso chamou de procastinação - a velha culpa cristã.