terça-feira, 25 de junho de 2013

O que eu quero com o Brasil?

EDUCAÇÃO sempre foi o pilar que mais acreditei na construção de uma sociedade justa, esclarecida e autônoma.
EDUCAÇÃO em discurso político sólido foi o que creditei meu voto, campanha, como no caso de Leonel Brizola, especialmente com o respaldo do grande Darcy Ribeiro
EDUCAÇÃO! EDUCAÇÃO! EDUCAÇÃO!
Para mim essa é a diretriz, o restante se divide em Segurança Pública e Saúde, não adianta detalhar.
Eu simplesmente acho absurdo ter que pagar para uma criança ter um ensino mínimo de qualidade, e as escolas particulares entulharem currículo disso e daquilo, para justificar os preços das mensalidades, cada vez mais abusivos.
Eu fui do tempo em que estudar em escola pública era selo de qualidade. Quem estudava em escola particular era apontado PPP (Papai Pagou Passou), eu recebia material escolar, merenda, livros. Livros!!!!
Hoje se gasta mais de um salário-mínimo em livros, mais um trilhão em materiais cuja utilidade é questionável!
No país que eu sonho, desejo e luto por meio do meu trabalho, o Poder Público teria que ofertar em período integral, educação de qualidade em todo o Ensino Fundamental, no caso até o 9º ano, no mínimo!
As bibliotecas seriam abarrotadas de livros e a leitura mensal de pelo menos um título seria obrigatória. Ateliês de arte variados, muita Educação Física, voluntariado. Com professores graduados e suas especializações pagas pelo Governo.
Uma vez, um secretário de estado com quem trabalhei, muito lúcido em suas análises, disse que o mundo teria que ser reinventado para terminar com a criminalidade. Um criminoso não entra "no mundo do crime" do dia para noite. É lá, quando está na fase escolar, sem vaga na escola, com pais trabalhando o dia todo, que ele fica perdido. Nesse ponto começa a malandragem e ai, a criança sem escola absorve a filosofia ganho mais dinheiro roubando do que trabalhando ou estudando.
Eu não preciso aqui, com exceção ao Brizola, que sempre me empenhei na causa quando ainda estava na luta, revelar minhas tendências políticas, mas se eu tenho um grito para dar nesse onda de protestos:
“Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca.”
―Darcy Ribeiro

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Do caos a uma boa idéia

Então gente, desde minha saída do batente nesta sexta-feira, às 13 horas, tive cerca de uma hora de vivência supra realista, ao estilo Bridget Jones.
A rotina de sair da redação, dar um toque no celular do marido para avisar que em 10 minutos tô passando para levar a filha na escola, PÁF!, piso numa poça semi-olímpica. Liga o carro e a umidade curitibana, deixa câmbio volante, tudo engordurado, ARGH!
Chego no portão do condomínio, depois de driblar uns 400 motoristas tongos em dia de chuva, sobe a filha, marido vai ao volante e eu pulo para o lado, porque antes, eles vão me deixar na dentista, que vai extrair um 3º molar, recém curado de uma lesão de furca e que me deixou a semana inteira com a cara do Kiko do Chaves.

Marido diz que vai aguardar a ligação para me buscar. Faço OK, até perceber que deixei o celular dentro do carro. Chego no consultório, foi cancelado. Não tem água. Beleza, peço um "telefone emprestado", está sem linha. OK, linda e toda de preto, quebrado pela sombrinha multicolorida, pergunto para o guardador de carros onde tem um orelhão nas redondezas. "Ih, amiga, os que tinham por aqui foi tudo quebrado", ai gastei uns 2 minutos de #papocomopode, enfrentei umas três quadras de subidinha e vi o telefone público. Tentei umas 200 vezes fazer uma ligação, mas, NBCDLJJFBFG FJGFJGBF, NADA! Não funcionava e um temporal avançou sem dó nem piedade. Juro! Eu ri!

Fui a uma banca de revistas e perguntei para o mocinho se ele sabia onde tinha um orelhão ali perto. Ele coçou a cabeça. Gente, quando você faz uma pergunta e a pessoa coça a cabeça, caia fora, ela não sabe de nada.
Raciocinei: 'marido vai perceber, sim ele vai, que meu celular ficou no console do carro e vai me buscar no lugar onde me deixou. Ai, como sou inteligente!'

E num rompante de fé eu disse para mim mesma, 'não reclamei, estou molhada, sem comer, com consulta cancelada, sem celular e continuo rindo, bem que um'..TCHAM! encontro minha vizinha querida. Eu abraço ela de tanta emoção, ela retribui mas não entende nada e me empresta o celular. Ligo para o marido, ele estava a caminho, para me dar o celular. A vizinha oferece carona, mas eu digo que marido tá chegando. "Você foi um anjo!", ela e a filhinha lindinha vão embora na hora que marido chega. Vou ao mercado e o total dá compra da exatamente R$ 51. O caixa me olha e diz: "boa idéia hein!"